é sexta à noite.
e em vez de estar por aí enlouquecendo em qualquer lugar com pouca luz e muita música,
estou mais uma vez tentando transformar todo esse drama e incertezas em alguma coisa sólida
que eu possa chamar de opinião.
e venho percebendo que a minha vida se vive sozinha, mesmo que eu não faça questão de escolher nada.
memórias, afeições, em maior ou menor intensidade, sempre vão surgir.
o tempo passa, e daqui a pouco tempo já é tudo novo, de novo. como sempre tem sido.
tenho medo de pensar sobre onde é que isso vai dar… ou melhor, o que vai sobrar disso tudo?
quem ainda vai estar comigo quando o mundo parar de girar?
antes eu tinha certeza de que iria saber reconhecer o que é especial quando passasse por mim,
mas agora acho que todas as minhas noções estavam equivocadas, e tenho medo de nunca descobrir
o que, ou quem é especial pra mim.
é tanta gente indo e vindo… mas sempre transitando, nunca parando. vejo minha vida passando em fases,
capítulos, diante de mim. e não vejo nada crescer, florescer.
será que sou eu que não estou plantando nenhuma semente?
relaxe, amanhã é outro dia. será que é dia de escolher?